“Pentecostes” é um vocábulo grego e significa “cinquentésimo”.
Nós cristãos normalmente, com essa palavra, recordamos o evento contado por Atos dos Apóstolos 2: depois que Cristo subiu aos céus, os discípulos, reunidos, receberam o Espírito Santo.
Foi um acontecimento importante para o cristianismo. Nesse momento os primeiros cristãos receberam a força que encheu os seus corações e fez com que criassem coragem e pregassem a mensagem de Jesus.
Todo ano essa recorrência é recordada, 50 dias depois da celebração da páscoa.
Apesar dessa ligação que nós cristãos fazemos entre Pentecostes e vinda do Espírito Santo, a festa em si vem da tradição hebraica, onde é chamada de Shavuoth (“semanas”).
Durava 7 semanas, desde o dia seguinte à Pásqua até o cinquentésimo dia.
À base dessa festa existe uma tradição agrícula, que coincide com o início da colheita, seja de trigo que frutas e vegetais.
Os agricultores agredeciam a Deus esse dom com ofertas das primícias.
As 7 semanas, como dissemos, começavam a partir da Festa da Pásqua (Pesah, festa da libertação do Egito).
No cinquentésimo dia, cada família oferecia os seus dons derivados da colheita.
Em Levíticos 17,15-22 são indicados os detalhes desta festa, celebrada até hoje pelos judeus.
Com o passar do tempo, sobretudo depois da destruição do Templo, os judeus passaram a comemorar durante esta festa o dom da Lei, a Torah.
Não existe uma relação direta entre a festa hebraica e a Pentecostes cristã, que é celebrada 50 dias depois da Pásqua.
Todavia os símbolos usados dos cristãos para recordar, na festa de Pentecostes, o dom do Espírito Santo recebido pelos apóstolos (língua de fogo e forte vento) lembram aqueles que testemunham a presença de Deus sobre o Sinai, onde a Lei foi doada ao povo hebreu.